Ainda assim, empresa espera fazer capitalização no primeiro semestre. Diretor chegou a dizer que estatal poderia lançar ações preferenciais. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em foto de arquivo. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que os prazos para a realização da capitalização da companhia com a cessão onerosa de 5 bilhões de barris de óleo e gás estão ficando mais apertados. Apesar da ressalva, Gabrielli confirmou que a empresa continua trabalhando com a hipótese de realizar a operação ainda no primeiro semestre deste ano. "O tempo está passando. Estamos no dia 12 de abril, é diferente de estar no dia 12 de março, 12 de fevereiro, 12 de janeiro", frisou o executivo, que não quis classificar como preocupante a demora na tramitação dos projetos sobre o novo marco regulatório no Congresso. Ele acrescentou que "os prazos estão muito apertados", mas a empresa continua trabalhando com a hipótese de capitalização no primeiro semestre. "Se não houver a cessão onerosa, vamos ver como a capitalização será feita, porque ela é indispensável", acrescentou. Petrobras negocia venda de refinaria na Argentina Novo poço reforça projeções sobre Tupi, afirma Petrobras Petrobras exporta 22,7 milhões de barris de petróleo em março Revisão de investimentos não levará a corte de projetos, diz Gabrielli Recentemente, o gerente de Relações com Investidores da Petrobras, Alexandre Quintão, chegou a dizer que uma das opções seria o lançamento de ações preferenciais. Argentina e fertilizantes Gabrielli, que participou da Conferência Internacional de Saúde, Segurança e Meio Ambiente na Exploração e Produção de Óleo e Gás, organizada pela Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE, na sigla em inglês), no Rio de Janeiro, acrescentou que a negociação para venda da refinaria que a empresa possui em San Lorenzo, na Argentina, caso concretizada, representará apenas uma "otimização de portfólio". Ele negou que haja a necessidade de venda de ativos para garantir os recursos para exploração do pré-sal. O executivo disse também que o foco da estatal no setor de fertilizantes é a produção de nitrogenados. A companhia incluiu no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 quatro novas plantas para ampliar a produção de ureia e amônia no País. Com relação às outras matérias-primas para fertilizantes (potássio e fosfato), Gabrielli afirmou que a empresa ainda está avaliando as jazidas de potássio que tem na Amazônia. No caso do fosfato, o trabalho é conduzido por mineradoras. Indagado sobre uma possível associação com a Vale nesse segmento - conforme solicitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, Gabrielli disse apenas que a mineradora já tem grandes investimentos em fosfato e potássio. "A concentração dos investimentos em nitrogenados faz sentido para a estatal, pois esses produtos têm o gás natural como matéria-prima." Gabrielli participa da Conferência Internacional de Segurança, Meio Ambiente e Saúde no Rio de Janeiro.