País não tem um plano para o caso de um acidente parecido com o ocorrido no Golfo do México
O Brasil não tem um plano nacional para o caso de um acidente de proporções parecidas com o da plataforma Deepwater Horizon. Quando o estudo estiver terminado, será implementado por decreto presidencial.
A ministra esclareceu que o plano depende de "nova rodada de negociação" entre diversas instâncias de governo, como Agência Nacional de Avião Civil (Anac), Marinha, Receita Federal, Ministério do Meio Ambiente.
— Se nós precisarmos trazer do Exterior uma aeronave, precisaremos que seja concedido um visto de trabalho imediatamente, que a aeronave e os equipamentos passem sem entraves pela alfândega, que a Anac libere o voo — exemplificou.
De acordo com ela, o acidente no Golfo do México "deverá balizar uma nova instância de cenário de risco", mas disse que não vai afetar a exploração da costa brasileira:
— Aprimoraremos também o licenciamento ambiental. Nesse momento de concessão de blocos para exploração do pré-sal vamos avaliar se há necessidade de incluirmos alguma exigência, além das que já estão na mesa de negociação.
Izabella afirmou ainda que o acidente na plataforma servirá para que o Brasil defina uma série de normas para novas tecnologias, como o uso de dispersantes químicos à profundidade de 1,5 mil metros e a queima do óleo:
— São tecnologias novas, nem sequer temos isso nos nossos requisitos legais. Vamos avaliar como se aplicam essas técnicas e, se for necessário, propor novos regulamentos.
O plano brasileiro começou a ser esboçado depois do vazamento de 1,3 milhão de litros de petróleo na Baía de Guanabara, em janeiro de 2000, mas está parado há dois anos e meio no Ministério do Meio Ambiente.
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